Os israelenses costumam passar os feriados do Pessach, a páscoa judaica, no exterior, ou nas praias do deserto egípcio do Sinai. Este ano, os viajantes já foram avisados: tenham cuidado, porque podem se tornar alvos do Hamas, do Irã e de grupos jihadistas globais, inclusive o Estado Islâmico.
O Pessach terá início ao pôr do sol de 12 de abril, e dura uma semana. Comemora o êxodo dos escravos judeus do Egito, sob a liderança de Moisés. É uma festa de “libertação”, que, 5.785 anos depois, pelo calendário lunar hebraico, tornou-se uma comemoração perigosa fora de Israel, por causa da guerra de 18 meses em Gaza com mais de 50 mil mortos.
A advertência aos israelenses foi feita pelo Conselho Nacional de Segurança (NSC), que reúne as informações coletadas por todos os serviços de espionagem de Israel. É apoiada por um histórico: células do Hamas na Dinamarca, Alemanha e Holanda foram descobertas e neutralizadas antes que atacassem judeus na Europa. A polícia búlgara aprendeu armas num esconderijo de quatro suspeitos terroristas.
O NSC acusa o Irã de ser o principal apoio do terrorismo global contra judeus e israelenses. A Suécia denunciou agentes iranianos por recrutar gangues suecas para atentados, e foi desmentida pelo Irã. A advertência da espionagem de Israel alerta ainda para “lobos solitários” do Estado Islâmico, al-Qaeda e al-Shabab. E incluiu a península do Sinai como local perigoso.
“O clima de ódio contra israelenses e judeus por causa da guerra em Gaza continua a alimentar os esforços terroristas, tanto de células organizadas quanto de atacantes individuais”, conclui o comunicado do NSC.
*Esse texto não reflete necessariamente a opinião da BandNews TV