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Israel permite entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Primeiro comboio entra no território após três meses de bloqueio
Foto: BandNews TV/Reprodução

Nesta segunda-feira (19), as Forças de Defesa de Israel anunciaram a permissão para a entrada de caminhões transportando ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Diante da pressão de líderes internacionais, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, flexibilizou a interrupção do acesso a bens e suprimentos vigente desde 2 de março. 

Segundo comunicado divulgado pelo Exército de Israel, cinco caminhões contendo itens como alimentos e medicamentos entraram no território pela travessia da Kerem Shalom. O anúncio foi confirmado pelo chefe do departamento de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher. “É uma gota no oceano do que é urgentemente necessário, e muito mais ajuda deve ser permitida em Gaza, a partir de amanhã de manhã”, afirmou. 

Após três meses de bloqueio, Netanyahu cedeu e concordou em permitir uma quantidade limitada de ajuda humanitária. A decisão foi tomada por conta do aumento da pressão exercida por inúmeros países – incluindo os Estados Unidos, seu maior aliado – diante dos relatos de fome e morte entre os palestinos. 

Com condições de vida deterioradas, 2,2 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar grave. Como a guerra acarretou no fechamento de padarias e restaurantes, a entrada de mantimentos emergenciais possibilita a preparação de refeições cozidas e de maior valor nutricional para a sobrevivência dos palestinos. 

A permissão ocorreu no dia seguinte ao anúncio de uma nova operação terrestre no sul e no norte da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense prometeu entrar no território palestino “com toda a força”. Além do avanço com tanques e disparos, a ação é acompanhada por ataques aéreos. 

Os militares israelenses emitiram alertas de evacuação em amplas áreas no sul do território. Mesmo assim, mais de 130 pessoas morreram apenas neste domingo (18), conforme o Ministério da Saúde palestino. Desde o dia 11 de maio, os bombardeios em gaza mataram mais de 600 pessoas, incluindo mulheres e crianças.

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