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Israel aprova plano para invadir e ocupar toda a Faixa de Gaza

Diante da nova ofensiva, a população palestina será deslocada dentro do território
Foto: BandNews Tv/Reprodução

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou o plano aprovado nesta segunda-feira (5) para a ocupação total da Faixa de Gaza por tempo indeterminado. A votação do Gabinete de Segurança ocorreu pouco depois da convocação de milhares reservistas israelenses para intensificar a operação. 

Segundo o líder, a nova ofensiva contra o grupo terrorista Hamas “será intensa”, tendo como objetivo a recuperação de reféns. “Foi a recomendação do chefe das Forças Armadas. Não vamos desistir desse esforço, e não vamos abandonar ninguém”, afirmou em pronunciamento divulgado nas redes sociais.

O Exército de Israel irá transferir a população palestina para o sul do território enquanto realizará investidas no norte. Netanyahu defende que a medida é “para sua própria proteção”, mas deslocamentos em massa forçados – como já ocorreram diversas vezes durante a guerra – são criticados por organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha e a ONU.

O plano aprovado sinaliza uma mudança na abordagem israelense: agora as tropas ocuparão os territórios tomados em vez que de retirar ao final de operações. Além disso, o aumento dos bombardeios e invasões por terra em Gaza serão incentivados. Atualmente, após o rompimento da trégua em março, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território. 

Segundo as autoridades, a expansão dos combates será gradual para pressionar as negociações por um novo cessar-fogo no conflito envolvendo um acordo de liberação completa dos reféns israelenses. Mesmo assim, o contexto deve piorar a situação humanitária na Faixa de Gaza – que sofre com bloqueio total da entrada de alimentos, combustíveis e medicamentos.

Aliado de Netanyahu, Donald Trump criou polêmica no início do ano ao afirmar que os palestinos não tinham outra saída a não ser deixar o território. O presidente estadunidense possui visitas programadas para a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Catar na próxima semana, mas nenhuma parada planejada em Israel.

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