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Sequestrador se entrega após fazer motorista de ônibus refém por 3 horas em SP

Coletivo estava vazio no momento da abordagem
Reprodução: BandNews TV

Um ex-funcionário de uma empresa de ônibus manteve um motorista refém por quase três horas, nesta terça-feira (30), em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Armado com uma faca, o homem invadiu um coletivo da linha 407L-10 (Barro Branco) por volta das 17h20, próximo à estação Corinthians-Itaquera do Metrô.

O veículo estava vazio no momento da abordagem. O motorista não se feriu e permaneceu dentro do ônibus até às 20h05, quando o sequestrador se rendeu e o libertou.

Segundo uma fonte do programa Brasil Urgente, o sequestrador exigiu, desde o início da ação, a presença de um advogado. A motivação ainda é investigada, mas há suspeitas de que o homem tenha retornado ao local para cobrar pendências trabalhistas, já que havia deixado a empresa há cerca de dois meses após três anos como cobrador.

A Polícia Militar foi acionada e isolou a área. O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) assumiu a negociação e posicionou atiradores de elite nos arredores. Cerca de dez viaturas acompanham a ocorrência. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o Corpo de Bombeiros também presta apoio.

O capitão Simões, da Polícia Militar, disse em entrevista à BandNews TV que o objetivo da corporação é que ambos saiam ilesos da operação. “Se a Polícia verificar que existe a possibilidade de ele se entregar, as negociações vão se prolongar. Agora, se o negociador observar alguma possibilidade de o sequestrador machucar ou matar o refém, esse é o momento para o GATE agir com a equipe tática.”

Ainda segundo o capitão, o uso da força extrema só será considerado como última alternativa. “Um sniper, um tiro preciso, poderia resolver a situação de forma mais rápida, mas a nossa opção ainda é preservar a vida dos dois. Ele não é um bandido, é uma pessoa que, infelizmente, por motivos que ainda serão esclarecidos, teve um surto, perdeu o controle emocional e acabou sequestrando esse ônibus com o motorista.”

Funcionários da Express Transportes Urbanos, que opera 45 linhas em São Paulo, afirmam que o homem nunca apresentou comportamento agressivo durante o tempo em que trabalhou. Ele e o motorista mantido refém não tinham vínculo pessoal.

Por conta da operação, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou os acessos das avenidas Doutor Luís Ayres e Professor Engenheiro Ardevan Machado no sentido Centro. A estação do Metrô Corinthians-Itaquera funciona normalmente.

*Matéria em atualização

Laura Basílio sob supervisão de Denise Bonfim.

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