O governo dos Estados Unidos prometeu pagar US$ 1 mil (R$ 5,6 mil) para imigrantes ilegais que decidirem deixar o país de forma voluntária. O plano para a chamada autodeportação foi anunciado mais cedo pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) da gestão Trump em um comunicado à imprensa.
“Se você está aqui ilegalmente, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais econômica forma de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão”, informou a secretária Kristi Noem.
“O DHS agora oferece assistência financeira para viagens a imigrantes ilegais e um auxílio para retornarem ao seu país de origem por meio do aplicativo CBP Home”.
O CBP é um aplicativo do governo dos Estados Unidos que permite a solicitação de asilo e visto de residência no país. Os interessados devem procurar pela opção “intenção de partir” incluída nele.
Além da autodeportação, o governo Trump iniciou uma campanha de publicidade na TV alertando que as pessoas que estão ilegalmente no país podem parar em prisões como a de El Salvador.
Trump também quer reabrir Alcatraz
Enquanto oferece dinheiro para que imigrantes deixem o país por conta própria, o governo Trump também propõe medidas mais duras para lidar com a criminalidade. Em uma nova investida, o presidente anunciou que pretende reativar a prisão de Alcatraz, na Califórnia, para isolar criminosos violentos.
A proposta foi divulgada em uma publicação na rede social Truth Social, em que Donald Trump defendeu a reabertura da penitenciária como um símbolo de “lei, ordem e justiça”. Segundo ele, a instalação abrigaria os “criminosos mais impiedosos e reincidentes dos Estados Unidos”. O plano inclui uma expansão da estrutura original da prisão, que funcionou entre 1934 e 1963.
O projeto, no entanto, foi criticado por lideranças democratas. A ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi classificou a ideia como “não séria”, e o senador estadual Scott Wiener, representante de San Francisco, afirmou que a proposta é “desequilibrada” e fere o Estado de Direito.
Fechada há mais de 60 anos, Alcatraz é localizada em uma ilha rochosa na baía de San Francisco. A unidade ganhou notoriedade por sua segurança rigorosa e localização estratégica, cercada por correntes marítimas e águas geladas, que tornavam a fuga quase impossível. Ao longo de 29 anos, 36 presos tentaram escapar, mas a maioria foi recapturada, morreu ou desapareceu no mar.
O presídio foi desativado devido aos altos custos operacionais, sua manutenção era quase três vezes mais cara do que a de outras prisões federais, e atualmente funciona como atração turística, recebendo mais de 1 milhão de visitantes por ano. Filmes como A Rocha (1996) e Fuga de Alcatraz (1979) ajudaram a manter viva o mito em torno da prisão.
