O governo confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo subirá para R$ 1.621 em 2026, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor. O novo valor representa alta de R$ 103 em relação ao piso atual.
O Ministério do Planejamento e Orçamento informou que o reajuste será aplicado em janeiro, com impacto no pagamento que os trabalhadores recebem em fevereiro. O cálculo segue a política de valorização que combina inflação e crescimento econômico.
Segundo o INPC, o índice registrou 0,03% em outubro e acumulou 4,18% em 12 meses. Esse é o percentual usado para corrigir o salário mínimo pela inflação.
Além da inflação, a regra considera o avanço da economia de dois anos antes. Na última semana, o IBGE revisou o resultado do PIB de 2024 e confirmou expansão de 3,4%.
Mesmo assim, o aumento real precisa respeitar o limite imposto pelo arcabouço fiscal. O mecanismo autoriza ganho acima da inflação apenas dentro de uma banda entre 0,6% e 2,5%.
Com essa combinação, o valor calculado para 2026 ficou em R$ 1.620,99. Pela lei, o número é arredondado para R$ 1.621.
A divulgação dos índices também fará o governo ajustar as projeções das contas públicas para o próximo ano. O projeto da LDO aprovado pelo Congresso previa um salário mínimo maior, de R$ 1.627, estimativa que representaria alta de 7,18%.
