Um general russo morreu nesta sexta-feira (25) em um atentado com carro-bomba na cidade de Balashikha, a menos de 32 km de Moscou. O Comitê Investigativo da Rússia confirmou que a morte de Yaroslav Moskalik, vice-chefe da Diretoria Principal de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas, ocorreu por meio de um dispositivo explosivo improvisado cheio de estilhaços em um Volkswagen Golf.
Segundo a mídia local, a detonação foi registrada momentos antes do enviado especial do presidente norte-americano, Donald Trump, Steve Witkoff, se reunir na capital russa com o líder russo Vladimir Putin. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Witkoff viajou até Moscou para discutir a proposta de um possível cessar-fogo na Ucrânia, a mediada que o prazo de 100 dias estipulado por Donald Trump para colocar um fim na guerra vai se aproximando. Também participaram da reunião o negociador russo Kiril Dmitriev e o assessor de assuntos presidenciais de Putin, Yuri Ushakov, conforme informou a imprensa local.
Esta é a quarta visita de Steve Witkoff à Rússia desde que Donald Trump reassumiu a Casa Branca, em janeiro. O Ministro das Relações Exteriores de Moscou, Sergey Lavrov, disse que o país estava “pronto para chegar a um acordo” sobre o fim da guerra, mas especificou que alguns pontos ainda precisam ser ajustados para que as conversas de paz possam se desenvolver.
Ataques semelhantes
A morte de Moskalik representa um novo caso de uma figura pró-Kremlin a ser alvo de ucranianos dentro do território russo. Em dezembro de 2024, o general Igor Kirilov, que chefiava as tropas russas de Proteção Radiológica, Química e Biológica, morreu após uma bomba escondida em uma moto scooter explodir em frente ao seu prédio em Moscou.
Além de Kirilov, o cientista de mísseis russo, Mikhail Shaysky, foi morto a tiros em uma floresta próxima da capital russa. Já em fevereiro deste ano, o líder de uma célula paramilitar pró-Rússia no leste da Ucrânia morreu depois que uma bomba instalada no saguão de um prédio explodiu. Apesar das circunstâncias, Kiev não assumiu a autoria do ataque.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Beatriz Ferrete)