O furacão Melissa, de categoria 5, atingiu a Jamaica nesta terça-feira (28) com ventos de até 295 km/h, sendo considerado o mais intenso já registrado na história do país. A tempestade tocou o solo pela região noroeste da ilha, provocando destruição generalizada e risco extremo à população.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, o fenômeno alcançou a Jamaica próximo à cidade de New Hope por volta das 14h (horário de Brasília). O órgão classificou o Melissa como um “furacão catastrófico”, com pressão atmosférica de 892 milibares — a terceira mais baixa já registrada no Atlântico, o que evidencia sua força incomum.
Antes de o ciclone tocar o solo, o NHC já havia emitido alertas urgentes para que os moradores buscassem abrigo imediato. Nas redes sociais, o órgão descreveu a situação como “extremamente perigosa e com risco de vida”, mencionando ventos violentos, inundações repentinas e marés de tempestade em diversas regiões da ilha.
Até o momento, ao menos três pessoas morreram em consequência das fortes chuvas que antecederam a chegada do furacão. A Cruz Vermelha informou que o impacto será “massivo”, podendo afetar cerca de 1,5 milhão de habitantes — metade da população jamaicana.
O Melissa se formou no início da semana e ganhou força rapidamente, atingindo a categoria máxima na segunda-feira (27). O avanço acelerado e a intensificação nas últimas horas surpreenderam meteorologistas, que o classificam como a “tempestade do século” no Caribe.
Após devastar a Jamaica, o furacão segue em direção a Cuba, onde deve chegar ainda nesta terça-feira. As autoridades cubanas já iniciaram planos de evacuação em áreas de risco e reforçaram o alerta para ventos extremos, maré alta e cortes de energia.