Funcionários do Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, planejam iniciar uma greve a partir do dia 15 de dezembro. A paralisação de um dos pontos turísticos mais importantes da França acontece por melhores salários e condições de trabalho.
Sindicalistas afirmam que os trabalhadores do museu estão sobrecarregados e sofrem com má gestão. Além do aumento salarial, o movimento exige uma reorientação de gastos e mais contratações.
Representantes de três sindicatos enviaram o aviso da greve ao Ministério da Cultura nessa segunda-feira (8), conforme informado por Elise Muller, dirigente da corporação trabalhista Sud. Ela ainda pontuou que a reabertura do Louvre dependerá da adesão do movimento.
“Esta carta serve como aviso de greve para todos os funcionários (do Louvre), para a noite anterior a 15 de dezembro de 2025 e para os dias seguintes, até que as reivindicações sejam atendidas”, dizia a carta de aviso de greve.
A greve aumenta ainda mais a grave crise vivida pelo Louvre, vivida principalmente desde o mês de outubro, quando ladrões invadiram o museu e roubaram peças avaliadas em US$ 102 milhões (total).
Críticos, incluindo o gabinete do auditor estadual, questionam os baixos gastos da atual gestão em segurança e manutenção da infraestrutura. Em novembro, O Louvre fechou uma estrutura projetada na década de 1930 por apresentar fragilidade.
As reclamações também citam aquisições de novas obras de arte feitas museu, das quais apenas um quarto das peças estão expostas ao público. As falhas foram admitidas pela atual diretora do museu, Laurance des Cars. Ela chegou a oferecer a própria demissão depois do roubo milionário de outubro, algo rejeitado pelo Ministério da Cultura da França.