A Federação Paulista de Futebol (FPF) aprovou a recomendação do Ministério Público (MP) e proibiu a presença de torcidas organizadas do Corinthians em estádios do estado de São Paulo até o final do ano. A medida foi tomada após torcedores alvinegros utilizarem sinalizadores e fogos de artifícios no gramado da Neo Química Arena, durante a decisão do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, realizada no dia 27 de março.
A penalização entrou em vigor a partir de quarta-feira (2), e abrange todas as competições que o clube disputa, e não apenas para o Paulistão. Entre as torcidas organizadas banidas estão: Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp.
A FPF informou que vai enviar um ofício para os Órgãos de Segurança Pública do Estado e ao Ministério Público de São Paulo para garantir o cumprimento da determinação. O controle de torcedores será feito por meio do vestuário, faixas, bandeiras e objetos que façam referência a qualquer torcida vetada pelo MP do estado.
Em nota publicada nas redes sociais na quarta-feira (2), a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, disse que recebeu a informação com “surpresa”, e pediu para que seus integrantes usassem a “camisa da exclusão” na estreia do clube na Copa Sul-Americana contra o Huracán. O jogo terminou em 2×1 para os argentinos. Além disso, a associação classificou a medida como “genérica, coletiva e desproporcional, punindo indiscriminadamente milhares de torcedores pacíficos, sem qualquer individualização de condutas ilícitas”.
Outras punições
Na terça-feira (1), o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) proibiu as torcidas Os Fanáticos e Os Palhaços, Athletico-PR, e Fúria Independente, do Paraná Clube, de frequentarem eventos esportivos por 15 meses. A liminar foi acatada após os organizados entrarem em confronto em uma partida do Campeonato Paranaense, em janeiro. A Império Alviverde, do Coritiba, também está sob investigação.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Júlia Alves)
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