Os Estados Unidos anunciaram a redução da tarifa sobre remessas de baixo valor vindas da China, diminuindo a alíquota de 120% para 54%. A medida, que passa a valer a partir de 14 de maio, representa um recuo nas tensões comerciais com Pequim, após negociações no fim de semana em Genebra resultarem em um acordo para suspender a maioria das tarifas impostas desde abril.
A decisão da Casa Branca revoga a taxa fixa de US$ 200 por pacote, proposta anteriormente, e mantém o valor de US$ 100. O decreto também detalha que transportadoras e empresas de logística poderão optar por pagar a taxa percentual ou o valor fixo, repassando o custo aos vendedores chineses. A mudança impacta diretamente plataformas como Shein e Temu, que dominam as remessas de até US$ 800 enviadas via serviços postais, até então isentas de tributos sob a regra “de minimis”.
Segundo estimativas da consultoria Nomura, as exportações chinesas beneficiadas por esse regime totalizaram US$ 240 bilhões em 2024, correspondendo a 7% das vendas externas do país e contribuindo com 1,3% do PIB. A tarifa reduzida deve aliviar o custo para consumidores norte-americanos e conter o avanço de produtos ilegais, uma das justificativas apontadas pelo governo Trump ao encerrar a isenção em fevereiro.