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Equatorianos vão às urnas no 2º turno em meio a estado de exceção e empate técnico entre candidatos

Daniel Noboa e Luisa González estão tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de voto

Quase 13,7 milhões de equatorianos vão às urnas neste domingo (13) para escolher o próximo presidente do país. A disputa está acirrada entre o atual presidente, Daniel Noboa, de centro-direita, e a opositora Luisa González, de esquerda. Ambos estão tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de voto.

No sábado (12), Noboa decretou estado de exceção por 60 dias em sete das 24 províncias do país, alegando o aumento da violência, da criminalidade e da intensidade dos atos ilícitos cometidos por grupos armados organizados.

A violência no Equador se agravou nos últimos anos, impulsionada principalmente pelo tráfico de drogas, o que levou ao aumento no número de homicídios. A situação é tão grave que resultou no assassinato de um candidato à presidência, na tomada de prisões por grupos criminosos e até em um ataque armado a uma emissora de televisão.

Luisa González, do partido Revolução Cidadã, busca se tornar a primeira mulher eleita presidente do Equador. Já Noboa, um empresário milionário de 37 anos, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), tenta garantir um novo mandato de quatro anos após vencer a eleição antecipada em 2023.

No primeiro turno, Daniel Noboa chegou a denunciar fraude eleitoral, mas as acusações foram descartadas por observadores internacionais. Ele e González terminaram a etapa praticamente empatados, com uma diferença de apenas 0,17% a favor da candidata de esquerda.

Desde 2024, Noboa mantém militares nas ruas sob uma declaração de conflito armado interno. Ainda assim, a violência persiste. Apenas nos dois primeiros meses de 2025, o país registrou mais de 1.500 homicídios, o início de ano mais violento da história recente.

Luisa González também promete enfrentar a criminalidade, mas com o compromisso de respeitar os direitos humanos. Ela se apresenta como uma mulher do povo, mãe solteira e batalhadora, que construiu sua trajetória com esforço.

Aliado próximo dos Estados Unidos na região, Daniel Noboa já pediu ajuda militar ao presidente Donald Trump e não descarta a instalação de bases militares estrangeiras em território equatoriano.

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