A empresa farmacêutica EMS lançará, em agosto, as primeiras canetas injetáveis brasileiras para o tratamento da obesidade e do diabetes. Os medicamentos, à base de liraglutida , princípio ativo presente em canetas como Victoza e Saxenda, estão em produção em uma das fábricas do laboratório, localizada em Hortolândia (SP).
A caneta chamada Olire será destinada ao tratamento da obesidade, enquanto a Lirux, com dosagem diferente, será indicada para o controle do diabetes tipo 2. A EMS obteve autorização da Anvisa para a produção dos medicamentos em dezembro de 2024.
Ambos os remédios terão aplicação diária, como ocorre com outros produtos à base de liraglutida. A Olire estará disponível para jovens a partir de 12 anos, sendo também uma opção terapêutica para condições como a dislipidemia. Já a Lirux será indicada para pacientes com mais de 10 anos. A dosagem e o local de aplicação poderão ser ajustados por um médico especializado.
As novas canetas terão preços entre 10% e 20% mais baixos que os produtos concorrentes e contarão com um processo de produção mais rápido e econômico, segundo a EMS. Tanto a Olire quanto a Lirux estimulam a produção do GLP-1, hormônio naturalmente liberado pelo intestino na presença de glicose no organismo. Esse hormônio envia ao cérebro sinais de saciedade, o que reduz o apetite e eleva os níveis de insulina, ajudando a equilibrar a glicemia.
Diferentemente dos medicamentos importados que utilizam bactérias geneticamente modificadas na produção do GLP-1, como o Victoza, da Novo Nordisk , as canetas brasileiras utilizarão peptídeos sintéticos para compor a substância. Segundo a empresa, essa tecnologia garante maior pureza ao medicamento.