O empresário Fernando Cavalcanti negou envolvimento no esquema de descontos indevidos sobre aposentadorias e pensionistas do INSS. Na última segunda-feira (6), mesmo sem se comprometer em dizer a verdade, ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes.
Embora tenha sido convocado pela CPMI na condição de testemunha, o empresário recebeu a garantia do direito de permanecer em silêncio e de não prestar o termo de dizer a verdade durante a fala pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Cavalcanti foi alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada por agentes da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Durante a ação, diversos bens foram apreendidos, incluindo relógios de luxo e carros, como uma Ferrari avaliada em mais de R$ 4,5 milhões. Aos parlamentares, o empresário afirmou que o veículo está financiado até o fim de 2027 e ressaltou que todos os itens são lícitos e declarados para a Receita Federal. Ele negou que tenha sido beneficiado por qualquer esquema ilegal.
O empresário também é ex-sócio do advogado Nelson Willians, além de ser apontado como suspeito de atuar como operador financeiro de Maurício Camisotti, encarado como um dos principais beneficiários dos desvios. Cavalcanti também teria relações com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.