Em coletiva no Palácio do Planalto nesta terça-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre temas como a sanção do governo americano que pode afetar autoridades brasileiras, entre elas o ministro Alexandre de Moraes. Lula afirmou que pode adotar uma medida recíproca e classificou como inaceitável o posicionamento de Donald Trump.
“É inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre decisões da Suprema Corte de outro país.”
Sobre a fraude no INSS, Lula respondeu à nossa correspondente Thayane Melo sobre a retomada da atuação de empresas envolvidas no escândalo da Previdência. O presidente foi firme ao afirmar que todos os envolvidos serão punidos e destacou que a investigação representa um exemplo de como um país deve agir diante de uma denúncia dessa gravidade.
“Estamos fazendo disso um exemplo de como deve agir um governo na averiguação de denúncias neste país.”
O presidente também voltou a classificar nesta terça-feira como “genocídio” a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza e afirmou que o governo israelense precisa “parar com o vitimismo”.
“[Israel] vem dizer que é antissemitismo? Precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio — é a morte de mulheres e crianças que não estão participando de guerras”, declarou Lula.
A fala veio após ele ter sido questionado sobre uma nota divulgada pela Embaixada de Israel no Brasil, que, sem citar o presidente, afirmou que autoridades ao redor do mundo “compram mentiras” do grupo terrorista Hamas sobre o conflito no Oriente Médio.
Ainda hoje, Lula deve almoçar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir medidas relacionadas ao IOF. À noite, o presidente embarca para a França, onde fará uma visita de Estado — a primeira em 13 anos.