O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, variou 0,1% no terceiro trimestre de 2025, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (4).
Apesar do valor positivo, a variação corresponde ao menor avanço anual desde a pandemia de Covid-19. O desempenho indica uma leve perda de ritmo em relação ao segundo trimestre, quando a economia avançou 0,4% e já mostrava sinais de desaceleração. O resultado também ficou abaixo do esperado pelo mercado, que estimavam alta de 0,2%.
Em relação ao mesmo período de 2024, o PIB cresceu 1,8%, impulsionado sobretudo pelo forte avanço da Agropecuária (10,1%), além das altas na Indústria (1,7%) e nos Serviços (1,3%).
Esse é o 19º trimestre consecutivo em que foram registrados aumentos no PIB. A última queda foi apurada no último trimestre de 2020 (-0,3%), ainda sob os impactos globais da pandemia.
Ao todo, a economia somou R$ 3,2 trilhões no terceiro trimestre de 2025, sendo R$ 2,8 trilhões do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 449,3 bilhões dos Impostos sobre Produtos líquidos de subsídios.
A taxa de investimento do trimestre foi de 17,3% do PIB, um pouco abaixo dos 17,4% do mesmo período em 2024. A taxa de poupança, por sua vez, foi de 14,5%, igual ao terceiro trimestre de 2024.
Principais destaques do PIB no 3º trimestre
- Serviços: 0,1%
- Indústria: 0,8%
- Agropecuária: 0,4%
- Consumo das famílias: 0,1%
- Consumo do governo: 1,3%
- Investimentos: 0,9%
- Exportações: 3,3%
- Importação: 0,3%
Entenda o que é o PIB
O Produto Interno Bruto é divulgado pelo IBGE a cada três meses e corresponde à soma de todos os bens e serviços finais produzidos em determinada economia. O Sistema de Contas Nacionais Trimestrais é calculado a partir de uma fórmula que avalia os consumos das famílias, além dos gastos do governo, os investimentos e as exportações líquidas.
O estudo mede o desempenho da economia nacional desde 1988, mas sofreu alterações ao longo do ano.
O IBGE calcula duas séries de números-índices para analisar o desempenho do PIB de forma trimestral. Entre as principais formas estão a comparação em relação aos valores do trimestre anterior e a “encadeada”. A última usa o ano de 2010 como referência, com ajustes sazonais que permitam os cálculos das taxas de variação.