O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repetiu a mesma gafe protagonizada anos antes em seu primeiro encontro com a família real britânica. O chefe de Estado norte-americano quebrou o protocolo e caminhou à frente do Rei Charles III durante a inspeção da Guarda de Honra na cerimônia realizada nessa quarta-feira (17) no Castelo de Windsor.
Na visita anterior, além de Trump ter causado constrangimento depois de deixar a Rainha Elizabeth II esperando mais de dez minutos e não cumprimentá-la com a tradicional reverência, o republicano também ultrapassou a monarca durante a mesma inspeção. A ação causou grande desconforto e críticas na imprensa britânica na época.
Entretanto, a repercussão da nova gafe não tomou grandes proporções como na primeira vez. A ideia do Reino Unido é agradar o presidente dos Estados Unidos para estreitar os laços comerciais e de defesa entre os dois países, o que teria contribuído para diminuir o descontentamento da imprensa. Ele está no país após ser convidado pelo primeiro-ministro do país, Keir Starmer, durante sua visita à Casa Branca nas primeiras semanas do mandato do republicano. A invitação foi repassada diretamente ao próprio Rei Charles III.
A família real também elaborou um grande banquete especialmente para Trump. O jantar reuniu 160 convidados, mais de 1.400 talheres, um menu escrito em francês e mais de 100 funcionários. Grande parte dos presentes eram empresários importantes de empresas que realizam grandes investimentos no Reino Unido. O governo norte-americano anunciou uma aplicação de quase US$ 150 bilhões na Grã-Bretanha nos próximos dez anos.
Além disso, o banquete reuniu comidas chiques, trajes de gala e bebidas simbolicamente importantes, como um vinho de 1912 (representando o ano em que a mãe do republicano nasceu) e um de 1945 (representando Donald Trump como o 45º presidente dos Estados Unidos).
Também houve espaço para um sofisticado cocktail personalizado para o jantar de Estado, que contou com uísque sour transatlântico guarnecido com um marshmallow tostado e um biscoito em forma de estrela. Segundo a coroa britânica, a bebida evoca o calor de um S’more (doce tradicional dos EUA) ao pé da lareira.
Embora a nova gafe tenha chamado atenção, outros chefes de Estado também realizaram quebras de protocolo e passaram por situações constrangedoras com a família real. Em 2009, a então primeira-dama dos EUA Michelle Obama colocou a mão nas costas da Rainha Elizabeth II, algo não permitido em eventos reais. Apesar disso, a Elizabeth retribuiu o gesto de forma educada.
