O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a saída do conselheiro de segurança nacional norte-americano, Mike Waltz. Ele deixará o cargo após um escândalo envolvendo um bate-papo privado da plataforma Signal, e será indicado pelo chefe da Casa Branca para o posto de embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).
Em março, o conselheiro adicionou o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, a um grupo de aplicativo que reunia os principais membros do governo norte-americano, o que teria motivado a sua saída. Na conversa, secretários e o vice-presidente JD Vance revelaram detalhes de uma campanha de bombardeios norte-americana contra o Iêmen. O veículo noticiou o caso algum tempo depois de os ataques realmente acontecerem.
O caso causou descontentamento dentro do governo, que manifestou a vontade de manter conversas sigilosas em um ambiente mais seguro. O transtorno dividiu a administração. Publicamente, membros da Casa Branca expressaram confiança em Waltz. Mas, nos bastidores, o assessor perdeu poder de influência.
À agência de notícias Reuters, uma pessoa próxima ao governo afirmou que o conselheiro era excessivamente belicista para o estilo mais avesso a guerras do governo Trump. Além disso, o trabalho dele era colocado como pouco eficaz.
“O sistema não está funcionando corretamente sob o comando de Waltz”, disse a fonte sob condição de anonimato.
Além do conselheiro, também deve sair o seu vice, Alex Wong, conforme apurou a Reuters. Ele é especialista em Ásia, e trabalhou no Departamento de Estado com foco em Coreia do Norte durante o primeiro mandato de Trump. A saída dele e de Mike Waltz representa a primeira grande mudança do novo governo do republicano.
Embora não seja certo quem irá assumir o cargo de conselheiro de segurança nacional, que não requer uma aprovação prévia do Senado, o principal candidato para substituir Waltz é o enviado especial dos EUA para política externa, Steve Witkoff. Ele já se reuniu algumas vezes com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir o futuro da guerra entre Rússia e Ucrânia. Enquanto a decisão não é tomada, o secretário de Estado, Marco Rubio, assume a posição interinamente.