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Distribuição de ajuda humanitária enfrenta situação caótica na Faixa de Gaza

ONU confirmou que 47 pessoas ficaram feridas por disparos do exército de Israel, que assumiu a circulação de suprimentos
Reprodução: BandNews TV

O primeiro dia do novo modelo de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza adota por Israel, e a poiado pelos Estados Unidos, foi marcado por cenas de tensão e violência. Milhares de moradores do enclave se aglomeraram no ponto de coleta, com algumas pessoas desesperadas pulando cercas, o que gerou o uso de balas reais dos soldados israelenses no local.

A Organização das Nações Unidas (ONU), informou que 47 civis ficaram feridos, a maioria atingida pelos disparos. O órgão já havia alertado anteriormente que o plano de Israel em assumir a distribuição não seria eficaz, já que agências humanitárias que trabalham na região, e conhecem o sistema de entregas local, seriam deixadas de lado.

Por outro lado, o governo de Benjamin Netanyahu afirma estar à frente da circulação de ajuda humanitária como forma de evitar que o Hamas tenha acesso aos suprimentos. Entretanto, o controle de entrada de caminhões com mantimentos na Faixa de Gaza resultou no aumento de críticas da comunidade internacional.

A ONU alertou que são necessários pelo menos 600 veículos humanitários no enclave, levando em consideração que apenas 100 caminhões receberam permissão para acessar o interior de Gaza, após um bloqueio humanitário de quase 80 dias.

Outro ponto criticado foi o tipo de suprimentos distribuídos para a população palestina. As caixas de mantimentos não estão carregadas com água, o que inutiliza parte dos recursos que precisam ser cozinhados. Também é debatida a forma de preparo da ajuda humanitária, já que o abastecimento de energia elétrica em Gaza se tornou extremamente escasso durante a guerra.

O ministro das relações exteriores da Bélgica classificou a situação vivida pela população do enclave como um “genocídio”. O Reino Unido é pressionado por medidas para conter a situação no território palestino, e mais de 800 magistrados britânicos escreveram cartas solicitando sanções contra Israel.

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