A Comissão de Educação do Senado deve votar nas próximas semanas o projeto que reavalia o novo ensino médio. A reforma proposta em 2017 dava protagonismo as matérias eletivas nos anos finais de estudos. Das três mil horas de aulas no ensino médio, o aluno poderia escolher mil e 200 horas em matérias que mais se identifica.

O novo formato começou a ser testado em 2022, mas foi suspenso no ano passado para uma "reavaliação". A nova proposta estabelece que as aulas eletivas não tenham mais tanto protagonismo, o que é criticado por especialistas. Atualmente, entre 15 e 20 milhões de jovens brasileiros estão sem trabalhar e estudar, os chamados "nem nem".

Uma pesquisa do Instituto Datafolha aponta que 80% dos jovens preferem o currículo mais flexível. Há também a estimativa de que apenas 20% dos estudantes ingressam em uma universidade. Se aprovada na Comissão de Educação do Senado, a "contrarreforma" vai à plenário.