Em 2024, até o momento, o Brasil registrou ao menos 262 mil casos prováveis de dengue. Vinte e nove pessoas morreram em decorrência da doença e outras 173 mortes estão sendo investigadas.

Ações do Ministério da Saúde

Para ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância, frente ao aumento de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde instalou, nesta quinta-feira (1º), um Centro de Operações de Emergência - COE Dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), reforçando que a atuação será coordenada com estados e municípios. A medida permite uma análise minuciosa, porém ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos.

“A mensagem é de mobilização nacional, de união de esforços com estados e municípios. De um Brasil unido contra a dengue. Nós estamos, desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos o SUS, com toda sua capilaridade, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio da sociedade”, frisou a ministra.

A fala da ministra da Saúde reitera a coordenação, por parte da pasta, de uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024. Desde o ano passado, o governo federal está em constante monitoramento e alerta quanto ao quadro das arboviroses no Brasil, convocando a sociedade, unindo esforços e trabalhando pela conscientização das medidas de prevenção em todo o território nacional.

Com o acionamento do COE, o Ministério da Saúde vai ampliar o monitoramento da situação, com ênfase em dengue, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão feitos em conjunto com estados e municípios e de forma interministerial.

Fonte: Ministério da Saúde

Dengue no Rio de Janeiro

Em 2024, o número de casos de dengue no Rio de Janeiro já é 12 vezes maior do que no ano passado. Já são mais de 17 mil casos, só nas quatro primeiras semanas de janeiro, contra 1.400 no mesmo período de 2022.O secretário de saúde da cidade do Rio, Daniel Soranz, alertou sobre a importância da vacinação rápida contra a dengue.

Durante coletiva na manhã desta sexta-feira (1), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou que a cidade vive uma epidemia de dengue. Daniel Soranz, que é secretário municipal de saúde, confirmou que a cidade bateu recorde de atualizações

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a cidade bateu o recorde de internações por dengue da história. Foram 362 hospitalizações em janeiro. Durante coletiva de imprensa, foram anunciadas medidas para tentar conter o avanço da doença, como a abertura de novos leitos e centros de hidratação.

"Vamos abrir 20 leitos iniciais no Hospital Ronaldo Gazolla para pacientes mais graves. Vamos ainda abrir 150 centros de tratamento e hidratação. Na segunda-feira vamos abrir um dos primeiros 10 polos de atendimento à doenças. Sabemos que o número de casos vai aumentar."

Vacina

A vacina contra a dengue em desenvolvimento pelo Instituto Butantan apresenta uma eficácia de 79,6% na prevenção da doença.

É o que apontou o resultado de um estudo científico publica do nesta quarta-feira. A taxa de eficácia é parecida com a encontrada nos ensaios clínicos do "Qdenga", que apontam 80,2% de eficácia. A vacina do laboratório japonês "Takeda" será oferada pelo SUS este ano, em duas doses. Já a vacina brasileira, prometida para 2025, será aplicada em dose única.