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Moisés Rabinovici: Netanyahu promete invadir Rafah

Colunista do BandNews TV comenta possível rejeição do Hamas em relação ao acordo

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Moises Rabinovici

05/05/2024 14:17

GUERRA

Fonte: Reprodução

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Dia sim e outro também, o premiê Netanyahu promete invadir Rafah, onde estão 1,5 milhão de palestinos, como se a ameaça fosse um incentivo ao acordo de trégua e libertação de reféns e prisioneiros em final de discussão com o Hamas, no Cairo. Mas foi de Rafah que 10 foguetes disparados neste domingo feriram 7 israelenses, alguns deles gravemente.


O Hamas assumiu o ataque, informando que o alvo era uma reunião de tropas. Que trégua é essa feita em meio a um tiroteio contínuo? Para agravar, Israel fechou a entrada de ajuda humanitária pela porta de Kerem Shalom (Vinhedo da Paz) e retaliou bombardeando Rafah. Ao Norte, na fronteira com o Líbano, as sirenes de ataque aéreo soaram pela manhã nas cidades vazias, a população retirada para o Sul.


Outra decisão que o governo israelense adotou, por unanimidade, sábado à noite, é a de fechar a TV Al Jazeera, em Israel e na Cisjordânia. Outro desincentivo à trégua, mediada pelo Catar, a dona da rede de TV conhecida como “a CNN árabe”. Não se trata só de provocar o Catar, mas de violação à liberdade de imprensa, cujo dia mundial, na sexta-feira, premiou o jornalismo palestino, com mais de cem mortos desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro.


A Al Jazeera já estava condenada por voto no parlamento israelense em abril. No sábado, dia seguinte ao da Liberdade de Imprensa, foi referendado pelo Gabinete de Guerra. O chefe do Mossad declarou que “a decisão foi correta, mas tomada em um momento infeliz que pode sabotar os esforços para chegar a um acordo”.

E a trégua, tida como quase certa no sábado? O jornal italiano Il Secolo XIX a colocou na manchete deste domingo: “Gaza, um fio de esperança”. O israelense Haaretz manchetou: “As declarações de Netanyahu ameaçam acordo num momento crítico das negociações”. O Jerusalém Post destaca os desacordos para o fim da guerra.

O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que está ansioso para alcançar um cessar-fogo que “acabe com a agressão israelense,” garanta a retirada de Israel de Gaza e permita a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. Ele também acusou Netanyahu de “sabotar os esforços feitos pelos mediadores e por várias partes”.


Neste domingo, 212º dia de guerra, os judeus celebram o Dia de Memória do Holocausto. Uma “Marcha pela Vida” ocorre em Israel e em vários países em lembrança à marcha para a morte que marcou a retirada dos nazistas do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.


Três dos 10 soldados feridos morreram no ataque deste domingo do Hamas contra Kerem Shalom, a porta de ajuda humanitária a Gaza, agora fechada. Outros três estão graves, segundo o hospital Soroka.


O braço armado do Hamas, Al-Qassam, assumiu a autoria do ataque, feito com foguetes Rajoum, de 114 mm, disparados a alguns poucos metros do alvo. Israel retaliou com bombardeio aéreo.


Para o presidente Isaac Herzog, "o Hamas ataca a ajuda humanitária porque não se importa com a humanidade. O mundo deve agir para libertar os reféns e libertar o povo de Gaza do governo cruel do Hamas."


As negociações para o "acordo iminente" de trégua, no Cairo, foram encerradas. O diretor da CIA foi para o Catar para uma tentativa de mantê-las vivas.


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A governadora republicana de Dakota do Sul, Kristi Noem, era cotada para ser vice de Donald Trump na eleição de novembro. Era.

No livro que vai lançar nesta terça-feira, 7, "No Going Back", ela conta que matou seu cão de 14 meses, um pointer chamado Cricket, porque ele a decepcionou na caça ao faisão.

Não só, como acrescentou. Ao voltar para casa da caçada, parou para conversar numa fazenda. Cricket escapou e aí, sim, caçou várias galinhas soltas, matando algumas. Agiu como "um assassino treinado". No livro, ela admite: "Odiava aquele cachorro".

A governadora Noem decidiu então matar Cricket imediatamente. Levou-o a uma pedreira e o alvejou. Aproveitou para matar também uma cabra "desagradável e má, fedida". A matança foi para o livro para provar a Trump que ela é o tipo de mulher que ele precisava ao seu lado para o trabalho de acabar com a democracia nos EUA.



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