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Moises Rabinovici: Jornal israelense diz que ataque ao Irá pode ocorrer após a páscoa judaica

Colunista comenta repercussão da páscoa judaica

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Moises Rabinovici

18/04/2024 13:08

GIRO MOISES

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Um jornal israelense diz que Israel só vai retaliar o Irã pela "noite dos mísseis" depois do Pessach, a páscoa judaica, que começa dia 23, na semana que vem, e vai até o dia 30. É a celebração da fuga dos escravos israelitas do Egito, sob a liderança de Moisés. Outro jornal publica que Israel trocou a retaliação ao Irã pela aprovação dos Estados Unidos à operação em Rafah, em Gaza, último reduto do Hamas ainda não atacado pela infantaria israelense. É aqui que estariam os reféns israelenses e os chefões do Hamas, além de cerca de 1,5 milhão de palestinos.


O Irã reage ao suspense de um ataque de Israel recolhendo ao porto o seu navio espião Behshad e retirando guardiães revolucionários da Síria. E ameaça rever sua 'doutrina nuclear'. Só o front com o Hezbollah, no Líbano, continua ativo. Depois de um drone kamikaze ferir 18 israelenses, a maioria reservista, a aviação atacou as defesas aéreas do Hezbollah na região de Baalbek, no nordeste do Líbano.


Os jornais israelenses dão fotos de praias cheias em Gaza, com a pausa dos ataques de Israel e a entrada de cerca de 500 caminhões por dia de ajuda humanitária. O contraste com as famílias dos reféns mantidos em Gaza é evidente, ainda mais agora que o Catar está anunciando que não quer mais mediar as negociações entre o Hamas, Israel, EUA e Egito.


O primeiro-ministro catari, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, justificou a reavaliação pelo "uso indevido da mediação para interesses políticos mesquinhos". Ele não citou nenhum político pelo nome. As negociações estão paralisadas, em impasse, desde que o Hamas rejeitou a última proposta israelense, pela qual 40 reféns seriam trocados por 800 a 900 prisioneiros palestinos, e uma trégua de seis semanas seria estabelecida. O Hamas respondeu que não tem 40 reféns na categoria de idosos, crianças e idosos.


Os Estados Unidos anunciaram sanções econômicas aos fabricantes de drones e à indústria siderúrgica do Irã. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a União Europeia também vai impor sanções, porque "nós precisamos isolar o Irã".


(Os jornais israelenses desta quinta-feira destacam o ataque do Hezbollah que feriu 18 militares e civis. Os iranianos advertem Israel para um erro estratégico, a retaliação, no Iran Daily, e as mudanças entre árabes e israelenses depois da "noite dos mísseis". )


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O chinês-australiano Stanley Chen começou a entregar pedidos do Uber Eats a cavalo. Foi um sucesso: clientes queriam receber a comida, mesmo fria, desde que viesse cavalgando. Mas então chegou uma mensagem para Chen por whatsapp: "Recebemos recentemente um feedback preocupante de um de seus pedidos de que você fez a entrega em um animal."


Em sua conta no TikTok, Chen postou que seu cavalo não é um animal, "mas uma Rainha", e acrescentou: "Se você quiser ver eu e Laylani (a égua) fazendo mais entregas da Uber, envie uma mensagem para a Uber e peça para revogar a proibição". Cerca de 3 milhões de pessoas viram o apelo.


Em pouco tempo, o Uber readmitiu Chen com sua Rainha. Mas ele tem feito as entregas com uma bicicleta. "Se meu pedido for entregue a cavalo, eu darei uma gorjeta enorme", escreveu uma pessoa no TikTok.

(A ilustração é do jornal South China Morning Post, via BOINGBOING).

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