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Moises Rabinovici: Israelenses fecham fronteira e tomam controle de Rafah

Colunista da BandNews TV comenta controle de Israel sobre Rafah

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Moises Rabinovici

07/05/2024 14:52

GIRO MOISES

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Os israelenses já controlam com tanques o lado de Rafah que faz fronteira com o Egito. O que não controlam, como descobriram na segunda-feira, são as alterações no acordo de cessar-fogo e troca de reféns. E estão decepcionados com os EUA, que não os alertou sobre as "pequenas" modificações, que lhes parece um novo e diferente acordo.


A frase-chave, "calma sustentável", e não "permanente", está mantida, como publicou nesta terça-feira o New York Times, embora em Jerusalém, na noite de segunda-feira, era ela a base da fúria do Gabinete de Guerra, o sinal verde para a nova ofensiva em Rafah.


Outra alteração: nem todos os 33 reféns da primeira troca de reféns por prisioneiros palestinos estão vivos. O Hamas admite que não tem tantos reféns nesta categoria, a "humanitária", que inclui idosos, mulheres e doentes.

As celebrações em Gaza duraram poucas horas. O êxodo de 110 mil palestinos na área visada por Israel em Rafah prosseguiu rumo à "segurança" na área costeira. Duas entradas de ajuda humanitária estão fechadas: a de Kerem Shalom (Vinhedo da Paz), onde morreram quatro soldados no domingo, e a de Rafah, palco da nova incursão. Uma placa "I❤️Gaza", diante de um prédio, foi metralhada.


Os tiroteios com drones, morteiros e caças continuam ao Norte de Israel, na fronteira com o Líbano. Mais dois soldados israelenses foram atingidos e mortos na segunda-feira, seguidos de uma onda de retaliações. A França está tentando mediar um acordo pelo qual o Hezbollah ficará afastado até 10 quilômetros da fronteira.


Israel vai mandar uma delegação para participar das negociações que podem salvar o acordo aceito pelo Hamas. Foi por ter se recusado a participar, no domingo, que não ficou a par das alterações feitas.

(Jornais israelenses desta terça-feira)


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Os jornais franceses prestam homenagem ao escritor e jornalista Bernard Pivot, que morreu ontem, aos 89 anos. Foi ele o grande, senão o maior, incentivador da leitura na França. Por 20 anos, ele comandou programas culturais como Apostrophes e Bouillon de Culture, onde entrevistou Vladimir Nabokov, Gabriel Garcia Márquez, Alexandre Soljenitsyne, Marguerite Duras, Marguerite Yourcenar, Umberto Eco e Jean-Marie Le Clézio, Claude Levi-Strauss, Roland Barthes e Pierre Bourdieu, entre muitos outros.


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Numa gaiola em que os cães são transportados na área de carga em aviões, Matt Meker voou da Florida para New York. Diz ele que queria saber como deve ser desagradável a viagem para os passageiros animais. O que dizem, porém, é que ele voou foi no marketing, para tornar conhecida sua empresa aérea para cães, Bark Air, que começa a operar no próximo dia 23, na rota NY-Los Angeles e Londres.

Na Bark (Latido) Air, o compartimento para os cães é o mesmo dos passageiros. Eles podem escolher qualquer lugar. E bebem champanhe, feito com caldo de frango. Há um serviço de limpeza para o que os cães fizerem. "Coletes calmantes" devem lhes dar a sensação de acolhimento. E enfrentam o barulho com protetores de ouvido.

Preço da passagem: 6 mil dólares, incluído o acompanhante humano.

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