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Moisés Rabinovici: Hamas pode aceitar primeira fase de acordo que liberta reféns israelenses

Colunista do BandNews TV comenta possível rejeição do Hamas em relação ao acordo

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Moises Rabinovici

05/05/2024 14:15

HAMAS

Fonte: Reprodução

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ATENÇÃO, ATENÇÃO:

O Hamas pode aceitar neste sábado a primeira fase do acordo que liberta 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e seis semanas de trégua. É o que vaza de autoridades em Israel e o que publica um jornal saudita.

O diretor da CIA Bill Burns chegou ao Cairo para um último esforço de destravar as negociações. O Hamas havia prometido uma resposta à última proposta egípcio-isralense-estadunidense na segunda-feira passada, e a adiou durante toda semana, até que sexta-feira o Gabinete de Guerra de Israel comunicou que esperaria só uma semana mais.

A pressão sobre o Hamas foi pesada. O Catar insinuou que poderia acabar com o exílio em seu país do líder político Ismail Haniyeh. Os Estados Unidos acusaram o Hamas de ser "o obstáculo" para o acordo, já que Israel tinha atendido quase todas as exigências feitas com "generosidade".

O jornalista israelense Barak Ravid, do site Axios, disse que ouviu de uma alta fonte em Jerusalém que a resposta do Hamas deverá ser "sim, mas", ou seja: aceitará a primeira parte do acordo sem um compromisso de fim de guerra, mas fará novas exigências sobre os reféns a serem libertados, que de 40 passaram para 33, por concessão de Israel.



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Véspera do Dia de Lembrança do Holocausto, neste domingo, e ante a esperança de um acordo para libertar 33 dos 130 reféns em Gaza, milhares de israelenses foram às ruas em Telavive para protestar contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sábado à noite, e exigir a antecipação de eleições gerais em Israel.

Houve confrontos com a polícia quando os manifestantes tentaram bloquear a saída em Telavive para a via expressa Ayalon, que leva à Jerusalém.

O pai de um soldado-refém, Yehuda Cohen, disse à multidão:

“Esses dias são fatais para a aprovação de um acordo que devolveria todos os reféns. Estamos nesses dias há muito tempo, dias de expectativa, de ansiedade diante de todos os obstáculos que Netanyahu e seus amigos messiânicos colocam em nosso caminho”.

O sábado começou em Israel com a informação de que o Hamas se dispõe agora a aprovar a primeira fase do plano para trocar 33 reféns por prisioneiros palestinos e 40 dias de trégua. O acordo não prevê o fim da guerra, como quer o primeiro-ministro Netanyahu.

Israel e o Hamas estão sob forte pressão para que aceitem um acordo. Netanyahu tem os familiares dos reféns que o exigem, não importa a que preço; os Estados Unidos não querem a invasão de Rafah e pretendem prosseguir com seu grande plano para o Oriente Médio, que envolve a Arábia Saudita normalizando relações com Israel, e a criação de um estado palestino; o Hamas está sem saída militar, embora desfrutando de um apoio estudantil mundial à causa palestina, enquanto sua liderança política pode perder o exílio no Catar, se continuar sendo “um obstáculo” para um acordo, como acusa os Estados Unidos.

Agora à noite, os manifestantes gritavam que Netanyahu “está tentando implodir outra vez um acordo” — a tese segundo a qual ele não quer que a guerra acabe, porque daria início a seu julgamento em três processos de corrupção e o fim de seu longo mandato.

No Cairo, uma delegação do Hamas apresentava sua resposta ao acordo, no sábado, aos negociadores egípcios e catarianos, e mais ao diretor da CIA. Uma delegação israelense estava pronta para encontrá-los, se os progressos antecipados fossem confirmados. Os Estados Unidos se dispuseram a garantir um cessar-fogo e a retirada total de Israel de Gaza, na terceira fase do acordo, mesmo que essa não seja a posição israelense.


O governo israelense aguardou uma informação do Cairo até perto da meia-noite local. “As informações ainda não chegaram, mas, à luz da experiência passada, mesmo que o Hamas diga que está seguindo a estrutura sugerida, os pequenos detalhes e as reservas que ele eventualmente apresentará podem dissolver todo o acordo", disse um porta-voz em Jerusalém.

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A execução da primeira fase do acordo entre Hamas e Israel, se aceito, trará os seguintes desdobramentos:

1. As atividades das Forças de Defesa de Israel (FDI) serão suspensas por 40 dias.

2. As FDI vão se retirar das áreas povoadas de Gaza e próximas à fronteira com Israel, exceção do corredor de Netzarim.

3. Nesse período, Israel vai libertar prisioneiros palestinos segundo uma lista a ser acordada entre as partes.

4. No sétimo dia do acordo, o Hamas terá que apresentar uma lista de todos os reféns vivos, exceto os 33 libertados na primeira fase.

5. Nos dias em que os reféns forem libertados não haverá tráfego aéreo e de drones na Faixa de Gaza por oito a dez horas por dia.

6. Israel deverá permitir que todos os cidadãos palestinos retornem às suas áreas de residência, com total liberdade de movimento.

7. No 34º dia do acordo, começará a segunda fase, com duração de 42 dias. Nesse período o Hamas deverá libertar os reféns vivos, inclusive soldados, em troca de prisioneiros palestinos.

8. Na terceira fase, com duração de 42 dias, os corpos de reféns mortos serão entregues a Israel. A partir daí os palestinos se comprometerão a não construir infraestrutura para fins militares.

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Capa do Haaretz online agora

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Capa do Times of Israel agora, anunciando que a novela do Hamas-Israel continuará amanhã, domingo


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