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Moises Rabinocivi: EUA usam inteligência artificial para pilotar avião caça

Colunista comenta avião caça dos Estados Unidos

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Moises Rabinovici

23/04/2024 14:35

GIRO MOISES

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A Força Aérea dos EUA colocou um caça experimental X-62A comandado por Inteligência Artificial contra um F-16 pilotado por um humano. Quem venceu o combate, porém, não foi revelado.

Dentro do X-62A havia humanos para desativar a AI, se necessário. Mas eles não intervieram. A Defense Advance Research Projects Agency (DARPA) informou que os dois aviões combateram "nariz contra nariz" a 2 mil pés de altitude (600 metros) e a quase 2 mil km por hora.


"O combate era necessário para começarmos a testar sistemas autônomos de inteligência artificial no ar", escreveu o piloto de testes Bill Gray num comunicado. "Todas as lições que estamos aprendendo se aplicam a todas as tarefas que podemos esperar de um sistema autônomo".

Já foram realizados 21 voos de teste e mais serão feitos até o final do ano. Segundo o Wall Street Journal, o Pentágono quer desenvolver sistemas de IA para defesa e para melhorar a frota de drones.


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Com epicentro na Universidade de Colúmbia, em NY, o protesto contra a guerra de Israel em Gaza já chegou aos campi de Michigan, Berkeley (Califórnia), NYU, MIT (Massachusetts) e Yale (Connecticut), e está crescendo.

A repressão agressiva por parte da polícia e da administração das universidades só aumentou a intensidade do fervor pró-palestino. Muitos estudantes foram presos — pelo menos 100 em Columbia e 50 em Yale. Professores judeus foram impedidos de dar aulas.


Os manifestantes querem que as universidades cortem laços com empresas ligadas a Israel e apoiem o cessar-fogo em Gaza. O dono do time de futebol americano New England Patriots, Robert Kraft, ameaçou cortar o financiamento que dá ao Centro Kraft para a Vida do Estudante Judeu na Universidade de Colúmbia, de que é ex-aluno.


O caos universitário vai de costa a costa nos EUA. Em muitas universidades, as aulas passaram a virtuais — e no campus de Morningside, o principal de Columbia, pelo resto do semestre.

No destino dos protestos, Israel, também há protestos pela libertação dos cerca de 130 reféns do Hamas e contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os judeus celebram o Pessach, o êxodo dos escravos israelitas do antigo Egito, lembrando os prisioneiros em Gaza.


Uma mesa com pratos e talheres para os reféns foi montada diante da casa de Benjamin Netanyahu. Outra, no Kibbutz Be’eri, que perdeu dezenas de membros no ataque do Hamas, em 7 de outubro. O jantar da Páscoa judaica, o Seder, marca a libertação da escravidão. O Pessach é uma festa alegre, mas não este ano.


As negociações para a troca dos reféns por prisioneiros palestinos está paralisada, em impasse. E Israel tem planos para atacar Rafah, onde restam quatro dos 24 batalhões do Hamas, seus dois chefes e, talvez, os reféns, além de mais de um milhão de palestinos. Os Estados Unidos não concordam com esse ataque final, porque temem que poderá resultar em massacre de civis. Ontem, 283 corpos foram retirados de uma vala comum, perto do hospital Nasser, em Khan Yunis. O porta-voz militar israelense ainda não respondeu se foi Israel que os enterrou.


Um ataque israelense a Rafah poderá começar no fim do Pessach, dia 29. O fim da festa da liberdade lembra a passagem dos fugitivos israelitas pelo Mar Vermelho, aberto por Moises, mas fechado sobre os egípcios que os perseguiam. Os tempos não são mais bíblicos. O jornal Haaretz, de Israel, atualizou as dez pragas do Egito: na nova versão, elas são personificadas em uma só fonte, Benjamin Netanyahu.

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