O principal tribunal de Nova York anulou a condenação por estupro do ex-produtor Harvey Weinstein, nesta quinta-feira (25). A Corte de Apelações do estado entendeu que o julgamento ao qual ele submetido, em 2020, não aconteceu de forma justa.

Entre os motivos para explicar isso, estão erros considerados "flagrantes", como o fato de que a Procuradoria ter levado às audiências três mulheres cujas acusações não estavam relacionadas ao caso discutido na época. O entendimento do tribunal nova-iorquino não foi unânime. Quatro juízes foram favoráveis à decisão e três contrários.

Agora, Weinstein deve passar por um novo julgamento, mas a decisão ainda depende da intenção da Procuradoria de seguir ou não com o processo. O produtor havia sido considerado culpado e deveria ficar 23 anos na cadeia. Apesar disso, o ex-produtor de Hollywood seguirá detido.

No ano passado, Harvey foi sentenciado a 16 anos de prisão também por estupro em outro caso, na Califórnia. Weinstein é acusado de cometer dezenas de abusos sexuais nos bastidores de produções de TV e de filmes ao longo de quase três décadas. O crescimento do escândalo, em 2017, deu impulso ao movimento "me too" em que mulheres passaram a denunciar publicamente a violência sexual.