Nove funcionários do Google foram presos e 28 foram demitidos após um protesto contra um suposto acordo bilionário da empresa com o governo de Israel e a Amazon. O ato ocorreu na terça-feira (16), e os manifestantes chegaram a invadir o escritório do CEO da companhia, Thomas Kurian.

O desligamento dos empregados foi confirmado em um e-mail do vice-presidente de Segurança Global do Google, Chris Rackow, divulgado pelo jornal “The Wall Street Journal”, nesta quinta-feira (18).

Funcionários e ativistas pró-Palestina querem que a empresa rompa um suposto projeto (Nimbus) de mais de 1,2 US$ bi, para o fornecimento de serviços de nuvem e inteligência artificial para o governo de Benjamin Netanyahu. O projeto poderia auxiliar também os militares israelenses a rastrear objetos e automatizar imagens.

Em resposta, a companhia afirmou que o acordo “não é direcionado a cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares relevantes para armas ou serviços de inteligência”.

Os manifestantes pediam ainda que a empresa protegesse os empregados árabes, muçulmanos e palestinos de assédio, retaliação e repressão. Além da Califórnia, houve protestos também na sede do Google em Nova York e em Seattle.