O Consulado Geral da Rússia na cidade de Marselha, no sul da França, foi alvo de ataques de garrafas e explosões, na manhã desta segunda-feira (24). Segundo a polícia local, pelo menos três projéteis foram arremessados sobre o muro da casa, com duas estrondos registrados. O governo de Moscou descreveu o ato como “ataque terrorista”, no aniversário de três anos da invasão russa na Ucrânia.
O Kremlin exigiu uma investigação completa das autoridades francesas, e pressiona o país para que medidas de segurança sejam tomadas. Especialistas já estão analisando o conteúdo das garrafas que foram utilizadas como projéteis.
Os funcionários do consulado foram mantidos na parte inferior do prédio enquanto agentes de eliminação de bombas realizavam verificações na área. Apesar do susto, a polícia confirmou que não houve feridos.
Macron nos Estados Unidos
Enquanto isso, o presidente da França, Emmanuel Macron, está em Washington para discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma saída para a guerra na Ucrânia. O encontro acontece nesta segunda-feira (24), na Casa Branca, durante o aniversário de três anos da invasão russa à Ucrânia.
A reunião acontece após Trump começar a negociar um possível cessar-fogo com Kremlin no Leste Europeu sem a presença da Ucrânia e os demais países do continente. O republicano repetiu discursos russos que responsabilizam a Ucrânia em iniciar a guerra, o que gerou preocupações do ocidente de que o país aceite os termos de Moscou.
A reunião começou às 12h no horário local (10h no horário de Brasília), e seguirá para uma entrevista coletiva entre os chefes de Estado, prevista para a tarde de hoje. Macron tenta coordenar uma inclusão da Ucrânia e da Europa nas negociações de paz no Leste Europeu.
Por outro lado, a Rússia quer que o conflito continue. O ministro Russo da Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que as forças russas continuarão lutando até o país conseguir o que deseja com as negociações. Além disso, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse que o Kremlin busca um acordo de longo prazo, e alega que as conversas com Trump não tiveram clareza quanto aos planos de paz.