Aliados do governo Lula estão sendo orientados a intermediar verbas federais para suas bases eleitorais sem que seus nomes apareçam nos registros públicos. O esquema, revelado pelo UOL Notícias, envolve R$ 3 bilhões do Ministério da Saúde e dribla decisões do STF que exigem mais transparência nas emendas parlamentares.
O plano determina que prefeitos solicitem os repasses diretamente no sistema digital da pasta, omitindo a identidade dos parlamentares responsáveis. Cada deputado poderá indicar até R$ 5 milhões, e cada senador até R$ 18 milhões, com cortes para quem contrariou o governo em votações anteriores.
Cerca de 60% dos recursos vão para serviços de média e alta complexidade do SUS; o restante, para atenção primária. A operação tem o aval de líderes como Davi Alcolumbre e Hugo Motta e integra um acordo para garantir apoio ao Orçamento de 2025.
A distribuição é controlada por assessores com histórico no antigo “orçamento secreto”. Ministério da Saúde e Secretaria de Relações Institucionais não se pronunciaram. Assunto para o colunista Cláudio Humberto.
*Esse texto não reflete necessariamente a opinião da BandNews TV