O governo da China orientou que as companhias aéreas do país a reduzirem o número de voos para o Japão. A medida foi tomada após o recente aumento na tensão entre as duas nações envolvendo Taiwan.
A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou recentemente que Tóquio poderia intervir militarmente caso Pequim tente invadir a ilha. No último domingo (23), o governo japonês anunciou que mobilizará mísseis para um arquipélago próximo de Taiwan.
O ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, afirmou que o país está “avançando de forma constante nos preparativos” para instalar projéteis guiados de médio alcance em uma base a cerca de 110 km da ilha.
A crise forçou o Japão a enviar um diplomata de alto escalão em uma tentativa de acalmar as tensões.
Pelo menos sete companhias aéreas chinesas, incluindo as três estatais, afirmaram que ofereceriam cancelamentos gratuitos para passageiros com destinos reservados para solo japonês. Segundo informações apuradas pelo jornal britânico The Guardian, cerca de 500 mil passagens foram suspensas entre os dias 15 e 17 de novembro.
A China é a segunda maior fonte de turistas para o Japão. Estudantes chineses representam a maior parte do grupo de intercâmbios internacionais do país. Os cancelamentos forçaram uma queda nas ações de empresas japonesas de varejo e turismo.
Entretanto, conforme apurado pela imprensa japonesa, as companhias aéreas foram solicitadas a fazer alterações “por enquanto”, sugerindo que a situação pode mudar de acordo com os desdobramentos diplomáticos.