O Brasil registrou 11,2 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2023, o maior número desde que a prática foi autorizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013. O crescimento foi de 1,6% em relação a 2022 e foi impulsionado principalmente pelas uniões entre mulheres, que aumentaram 5,9%. Os casamentos entre homens, por outro lado, apresentaram queda de 4,9%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total de casamentos homoafetivos registrados no ano passado, 62,7% envolveram casais de mulheres, o equivalente a pouco mais de 7 mil uniões. Segundo o IBGE, desde o início da série histórica, os casamentos entre mulheres sempre superaram os entre homens. Além disso, a média de idade dos cônjuges do mesmo sexo continua mais alta em comparação à dos casais heterossexuais.
Ao todo, o país contabilizou cerca de 940,8 mil casamentos civis em 2023, uma queda de 3% em relação ao ano anterior. De acordo com o IBGE, essa redução pode estar relacionada a mudanças culturais. O levantamento foi realizado com base em informações coletadas em quase 20 mil cartórios e varas judiciais, desconsiderando uniões estáveis.