Carlos Bolsonaro (PL) anunciou nesta quinta-feira (11) que deixará a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para lançar sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina. A decisão encerra mais de duas décadas de atuação no Legislativo carioca e reposiciona o vereador como uma das principais apostas do bolsonarismo para 2026.
Ele formalizou a saída logo no início da sessão plenária. Carlos afirmou que cumpre “um novo chamado político” ao encerrar o ciclo iniciado em 2001, quando assumiu o primeiro mandato. Atualmente, ele está no sétimo mandato consecutivo.
A mudança de domicílio eleitoral, segundo aliados, deve ocorrer ainda neste ano para viabilizar a campanha ao Senado. O movimento já vinha sendo discutido desde outubro.
Durante o discurso, Carlos adotou um tom emocional ao mencionar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou o julgamento que resultou na condenação do ex-mandatário no STF e exaltou o voto divergente do ministro Luiz Fux.
Para Carlos, a prisão do pai não representa derrota, mas “a manutenção de princípios”. Ele afirmou que essa postura acompanha o ex-presidente “em qualquer circunstância”.
Além da decisão pessoal, a pré-candidatura faz parte de uma estratégia nacional do PL. O partido vê Santa Catarina como prioridade para ampliar sua presença no Senado e fortalecer pautas alinhadas à direita no próximo ciclo legislativo.
A movimentação, no entanto, abriu disputas internas. Carlos e Michelle Bolsonaro articulam apoio à deputada Caroline de Toni para a segunda vaga catarinense.
Ao mesmo tempo, parte da direção do PL avalia apoiar Espiridião Amin (PP). A aliança poderia atrair PP e União Brasil para o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL).