O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (10), a fusão entre as redes de pet shop Petz e Cobasi, condicionada à assinatura de Acordo em Controle de Concentração (ACC) que prevê uma medida para proteger a concorrência.
Para o dano às outras empresas não acontecer, Petz e Cobasi terão que vender parte de seus negócios ou lojas, em especial em São Paulo. A medida é conhecida como desinvestimento de ativos. A operação foi julgada pelo órgão de defesa da concorrência.
A empresa PetLove, que não está entre a fusão, participou do processo como uma terceira via interessada, ou seja, uma organização que pode ser impactada pela união e por isso tem direito de opinar para o Cade. Inicialmente, a PetLove era contrária à fusão, mas flexibilizou seu posicionamento.
Para que a união da Petz e Cobasi fosse aprovada, as empresas envolvidas precisavam vender alguns ativos para evitar problemas de concorrência. Outras companhias demonstraram interesse em comprar esses ativos, mas o Cade precisa garantir que o mercado continuará competitivo.
Houve discordância sobre a forma adequada de conduzir a análise, especialmente quanto aos métodos e critérios utilizados para avaliar os impactos da fusão no mercado. Foram feitas críticas à superestimação da participação das empresas rivais. Ainda assim, apesar das divergências internas, o tribunal concluiu que os remédios propostos eram suficientes para mitigar os riscos de concorrência.