Após dias de negociações, doze brasileiros que faziam parte de comitivas oficiais em Israel já começaram a retornar ao Brasil. Eles conseguiram cruzar a fronteira para a Jordânia nesta manhã, em uma operação realizada com apoio do governo israelense. O grupo, formado por prefeitos, secretários e parlamentares, estava em Tel Aviv para um evento sobre segurança pública.
Segundo o senador Carlos Viana, presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, os doze que deixaram o país seguiram por rotas diferentes: nove foram de carro até a Arábia Saudita, onde embarcaram em um jato particular rumo a João Pessoa. Os outros três viajarão de avião a partir de Amã, capital da Jordânia. A expectativa é de que mais brasileiros deixem Israel a partir de amanhã.
Ainda restam 28 integrantes de comitivas brasileiras em território israelense, aguardando transporte. Esses grupos incluem autoridades públicas e representantes da comunidade LGBTQIAPN+, que também foram convidados oficialmente para eventos em Tel Aviv. De acordo com o senador, eles devem ser evacuados em pequenos grupos, conforme a disponibilidade de voos e a confirmação de passagens.
O senador destacou que a posição política adotada pelo Brasil atualmente é vista como hostil pelo governo israelense, o que tem dificultado a atuação do Itamaraty nas negociações. Segundo ele, o Brasil não tem recebido prioridade na retirada de cidadãos da região, o que afeta diretamente o andamento das operações de repatriação.
A previsão é que novas remoções comecem já nesta terça-feira, mas a alta demanda por voos na região tem dificultado a operação. O senador afirmou que o processo de retirada está sendo feito com apoio do governo de Israel e destacou o papel do embaixador israelense no Brasil, Daniel Zomstein, que intermediou a saída dos primeiros brasileiros.