O governo brasileiro montou uma estratégia para enfrentar a nova sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump às exportações do país. Como primeira resposta, o Brasil prepara uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC), que deve ser apresentada após o dia 1 de agosto. A intenção é contestar a medida e proteger os setores mais afetados pela decisão americana.
Além disso, a equipe econômica descartou aplicar uma taxação sobre todos os produtos importados. Ao invés disso, os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estudam tarifas pontuais em áreas como propriedade intelectual, direitos autorais, streaming e patentes de medicamentos.
Outra frente do governo é o Mercosul. Com a presidência temporária do bloco, o Brasil pretende negociar soluções para compensar as perdas no comércio com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, busca acelerar acordos com outros parceiros econômicos. Entre as prioridades está o EFTA, bloco que reúne Emirados Árabes Unidos, Canadá, Coreia do Sul, México, Japão e Vietnã.
No setor agropecuário, a estratégia inclui ampliar as exportações de carne para Indonésia, Japão e Vietnã, países vistos como alternativas para reduzir a dependência do mercado americano.
O tema também será debatido no encontro sobre democracia, marcado para o dia 21 em Santiago, no Chile. O governo brasileiro vai aproveitar a ocasião para discutir a situação com outras lideranças internacionais.
Laura Basílio sob supervisão de Thiago San.
