Se o Brasil passar 28 dias sem registrar novos casos de gripe aviária, poderá voltar a ser considerado um país livre da doença. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta segunda-feira (19), após a confirmação do primeiro foco em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
O prazo de 28 dias segue o ciclo do vírus H5N1. Caso não surjam novas ocorrências nesse período, o país poderá negociar a retomada das exportações com os mercados que suspenderam temporariamente a compra de carne de frango brasileira, como China, União Europeia e Argentina.
Fávaro explicou que a liberação das vendas externas não será imediata. Segundo ele, cada país tem seus próprios protocolos e pode levar algum tempo até que aceitem novamente o produto brasileiro. “É natural que haja dúvidas e questionamentos”, afirmou.
A tendência, segundo o ministro, é que as restrições deixem de atingir todo o território nacional e passem a ser restritas ao Rio Grande do Sul ou até mesmo apenas à cidade onde o caso foi detectado.
Enquanto isso, o Ministério da Agricultura segue monitorando a situação e adotando medidas de contenção. Entre elas, o rastreamento da produção da granja afetada e o descarte dos produtos, para reduzir o risco de disseminação. A pasta reforça que não há risco para o consumo de carne ou ovos.
Outros casos suspeitos seguem em investigação, e novas amostras estão sendo analisadas. O Brasil, maior exportador global de carne de frango, busca evitar prejuízos maiores no setor, que já sente os impactos das suspensões comerciais.
Laura Basílio sob supervisão de Denise Bonfim.