Nesta terça-feira (11), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com um recurso contra a decisão que negou o afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino e Cristiano Zanin, do julgamento da denúncia sobre a trama golpista. No pedido, os advogados solicitam que o caso seja analisado pelo plenário da Corte, composto pelos 11 ministros, incluindo André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados por Bolsonaro.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, já havia rejeitado o afastamento no mês passado, argumentando que os pontos levantados pela defesa não configuram impedimentos legais. A defesa de Bolsonaro, no entanto, insiste que Dino estaria impedido por ter movido uma queixa-crime contra o ex-presidente quando era ministro da Justiça.
Já Zanin, segundo a defesa, deveria se declarar impedido por ter atuado como advogado da campanha de Lula e ingressado com ações contra Bolsonaro nas eleições de 2022. A data do julgamento ainda não foi definida, mas o caso pode ser analisado ainda neste primeiro semestre.