Após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, o PDT decidiu deixar a base aliada do governo Lula (PT). Segundo informações apuradas pela BandNewsTV, o partido pretende votar com o governo “pontualmente”, mas sem a “obrigação” de seguir a orientação do Planalto.
Os líderes da base acreditam que ao menos metade da bancada deve continuar seguindo as orientações. Em uma nota enviada à imprensa no fim da tarde, os senadores do PDT afirmaram que continuam do lado do governo Lula. “Em comum acordo e por unanimidade, os senadores do PDT, Ana Paula Lobato, Leila Barros e Weverton Rocha, decidiram pela permanência do partido na base do governo do presidente Lula no Senado”, diz o texto.
“A decisão foi tomada tendo por base a afinidade da bancada com o governo tanto no projeto de desenvolvimento para o Brasil, como na maioria das pautas no Senado. A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, completa.
Saída de Carlos Lupi
Carlos Lupi pediu demissão do cargo na última sexta-feira (2), após reunião com o presidente Lula no Planalto. A pressão no cargo crescia desde o início das investigações sobre fraudes nos benefícios do INSS.
A apuração da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal aponta que associações de fachada ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para que o valor fosse debitado dos benefícios, e utilizaram assinaturas falsas para autorizar os descontos.
Lupi agradeceu a Lula pela confiança e declarou, em nota publicada nas redes sociais, que seu nome não foi citado nas apurações. Wolney Queiroz, que atuava como secretário-executivo da pasta, também do PDT, foi nomeado para o cargo, embora seu nome tenha causado discordância na oposição.
