Às 14h36, hoje, os iemenitas receberam um aviso em árabe: “Saíam imediatamente da área do aeroporto…” Pouco antes das 21 horas, no horário local, os aviões israelenses surgiram disparando. “O aeroporto Internacional de Sanaa foi totalmente destruído”, comunicou o porta-voz militar em Jerusalém.
Foi o sétimo ataque de Israel contra os Houthis iemenitas, que dispararam 400 drones e mísseis balísticos contra alvos israelenses desde 2024 — o último deles acertando um estacionamento no terminal três do aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, no domingo. Mas foi o primeiro ataque com aviso prévio, levando em conta os passageiros civis nas áreas de embarque e desembarque.
Na segunda-feira, Israel despachou 20 jatos para atacar o porto de Hodeida. A viagem de dois mil quilômetros de distância até o Iêmen precisou de aviões tanques para reabastecer em voo os supersônicos de combate, além de aviões espiões para antecipar surpresas no ar.
Na primeira rodada de retaliação foram despejadas 50 bombas sobre o porto de Hodeida e uma fábrica de concreto perto da cidade de Bajil. Hoje, os alvos foram uma central de energia, em Dhabhan, e outra no distrito de Sanhan, ao sudeste da capital, Sanaa. Os ataques são coordenados com os EUA, que já realizou mais de mil operações contra os Houthis, mas executados apenas pela aviação israelense.
O aeroporto ficou impraticável, segundo o porta-voz militar.
Em seu comunicado, ele acrescentou: “O regime terrorista Houthi opera há um ano e meio sob a direção e financiamento iranianos para prejudicar Israel e seus aliados, minar a ordem regional e interromper a liberdade de navegação global. As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão determinadas a continuar a agir e a atacar com força qualquer pessoa que represente uma ameaça aos residentes e cidadãos do Estado de Israel, a qualquer distância que seja necessária.”
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