Atentado do Hamas contra Israel completa dois anos nesta terça-feira (7)

Ofensiva deixou mais de 1.200 mortos e desencadeou um dos conflitos mais longos e sangrentos dos últimos anos
Reprodução: BandNews TV

O ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, que deu início ao conflito na Faixa de Gaza, completou dois anos nesta terça-feira (7). A ofensiva da facção palestina contra o sul israelense no dia 7 de outubro deixou mais de 1.200 mortes e desencadeou uma das escaladas mais longas e sangrentas dos últimos anos no Oriente Médio.

Além dos mortos, o Hamas sequestrou outras 251 pessoas, uma das principais causas que levaram as forças israelenses a promover uma incursão e uma destruição generalizada em Gaza. A operação, que também possui o objetivo de exterminar o grupo extremista, deixou mais de 60 mil palestinos mortos, conforme apurado pelo Ministério da Saúde palestino (controlado pelo Hamas), reduziu cidades inteiras em escombros e desencadeou uma grave crise humanitária na Cisjordânia.

No último final de semana, manifestantes realizaram protestos pró-Palestina e pelo fim da guerra em diversas cidades da Europa, como Amsterdã, Madri e Roma. Uma série de atos também estão previstos em Israel, incluindo o local onde acontecia um festival que foi atacado e deixou 360 mortos e dezenas de feridos. Cartazes com o rosto dos reféns também foram espalhados em diversos pontos de diferentes cidades israelenses.

Apesar do peso que a data representa, a comunidade internacional vive um momento de otimismo pelo fim da guerra, já que o Hamas aceitou uma proposta de cessar-fogo de 20 pontos, mediada pelos Estados Unidos. Embora o Hamas não tenha deixado clara sua posição em relação a algumas exigências, principalmente sobre o seu desarmamento, as conversas de paz continuam no Egito.

Tanto Israel quanto o Hamas tentam mostrar disposição para dialogar, mas ambos possuem seus próprios interesses e impasses. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, se colocou contra o plano para a criação de um Estado palestino, algo que ganhou força após a última Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, países como França e Reino Unido realizaram o reconhecimento da Palestina, o que gerou críticas do próprio Netanyahu.

Uma nova rodada de negociações está prevista para esta terça-feira, e resultados práticos são esperados depois de um certo tempo, muito por causa do histórico do conflito e das relações conturbadas entre Israel e a Cisjordânia.

Compartilhe com seus amigos!