O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, levantou o sigilo e instaurou o inquérito contra Eduardo Bolsonaro por coação contra integrantes da Corte. Moraes acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, há indícios de que Eduardo buscou convencer autoridades dos EUA a adotar sanções contra ministros do STF, membros da PGR e da Polícia Federal. Entre as medidas defendidas estariam bloqueios de bens, cassação de vistos e restrições comerciais. A PGR avalia que as ações podem configurar tentativa de obstrução de investigações em curso no Brasil, incluindo apurações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado.
O órgão também quer ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro, por entender que ele pode ter sido beneficiado pelas ações do filho.
A PGR pediu o depoimento de autoridades diplomáticas brasileiras nos Estado Unidos e do deputado Lindbergh Faria (PT-RJ), que solicitou investigação sobre o caso. Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro e tirou licença do mandato, fazendo críticas ao ministro Alexandre de Moraes.