Na noite desta segunda-feria (21), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, comentou sobre o encontro com representantes de empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Em coletiva de imprensa, Alckmin ressaltou o “bom diálogo” estabelecido, mesmo que o Pix e a taxação anunciada pelo presidente Donald Trump não tenham sido detalhados.
Incluída de última hora na agenda oficial, a reunião ocorreu nesta tarde no Palácio do Planalto e contou com a presença de representantes da Meta, Google, Apple, Visa e Expedia. Coordenada pelo vice-presidente, membros do Ministério das Relações Exteriores e da Fazenda também participaram do encontro.
“Ouvimos o setor da economia digital. As empresas de tecnologia são importantes investidores no Brasil e tem potencial para crescer no país”, afirmou Geraldo Alckmin. “Elas ficaram de nos encaminhar algumas questões que são mais relevantes. Portanto, abrimos um bom diálogo”, acrescentou.
Quando questionado sobre a taxação das big techs – pauta levantada novamente pelo presidente Lula –, o ministro declarou que os representantes presentes na reunião “nem tocaram no assunto”. Outro tópico de discussão foi o tarifaço anunciado pelo presidente americano, Donald Trump.
Na semana passada, o governo dos EUA abriu uma investigação comercial contra o Brasil por supostas práticas desleais. O documento cita decisões que limitam a atuação das big techs no Brasil e o Pix, que prejudicaria empresas financeiras estadunidenses. “É um sucesso absoluto e [as empresas de tecnologia] falaram que defendem o chamado Pix para todos e que é um exemplo para o mundo”, assegurou Alckmin após o encontro. Ele também reiterou que algumas questões discutidas devem ser tratadas com outros poderes que não o Executivo, mas que a aproximação pode ser feita por meio desse primeiro contato.
Acordo entre Mercosul e União Europeia
O vice-presidente também mencionou o encontro realizado entre representantes do Mercosul com parlamentares da União Europeia. “O presidente Lula encaminhou o maior acordo entre dois blocos econômicos do mundo, que é aguardado há mais de 20 anos”, destacou.
A negociação envolve 27 países europeus e cerca de US$ 22 trilhões. Além da importância econômica, Alckmin pontua sua relevância geopolítica. “É uma mensagem de apreço pela democracia, livre comércio, multilateralismo e sustentabilidade”, comentou. Segundo o ministro, a assinatura do acordo deve ser feita até o final deste ano.
Beatriz Hadler sob supervisão de Thiago San.
