O Senado adia para a semana que vem a votação do projeto que trata da compensação sobre a desoneração da folha de pagamentos.
A decisão do presidente do Congresso se deu após o governo não chegar a um consenso sobre o texto com o Parlamento.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se reuniu com Lula para discutir a reoneração gradual dos 17 setores que mais empregam no país.
O petista insiste na aprovação do projeto para garantir a arrecadação no Orçamento de 2025. Para tentar resolver o impasse, o ministro da Fazenda apresentou uma proposta de compensação que foi rejeitada por Pacheco.
A ideia era aumentar em um ponto porcentual a alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido, tributo que incide sobre o lucro das empresas.
Fernando Haddad diz que o governo já fez um “esforço” para cortar 26 bilhões de reais em despesas obrigatórias no Orçamento do ano que vem.
E que o Planalto conta com uma compensação na casa de 17 a 18 bilhões de reais para equilibrar as contas. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal suspendeu por 60 dias a liminar do ministro Cristiano Zanin que derrubava a desoneração.
O prazo foi determinado para que o Congresso e o Executivo cheguem a um acordo sobre a questão. Se não houver consenso até o dia 19 de julho, a desoneração volta a ser suspensa. O Planalto cogita pedir mais prazo para encontrar uma solução para a compensação.