Fed reduz juros em 0,25 ponto diante de desaceleração econômica e inflação persistente

Corte marca mudança no balanço de riscos
Foto: Reprodução/BandNews TV

Nesta terça-feira (10), o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) decidiu reduzir a meta para a taxa de juros dos fundos federais em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,5% e 3,75%. A medida ocorre em um cenário de moderação do crescimento econômico, desaceleração na criação de empregos e leve alta na taxa de desemprego até setembro, segundo os indciadores até setembro.

Apesar da expansão moderada da atividade, a inflação permanece acima do desejado e acumula alta desde o início do ano. A combinação desses fatores mantém elevada a incerteza sobre as perspectivas econômicas, levando o Cômite a avaliar os riscos para o mercado de trabalho aumentaram nos últimos meses.

O FOMC reiterou seu compromisso de alcançar o máximo emprego e trazer a inflação de volta à meta de 2% no longo prazo. Para isso, afirmou que continuará analisando cuidadosamente os dados econômicos e financeiros ao definir a necessidade de novos ajustes na política monetária. O Comitê também indicou que está preparado para alterar sua postura caso surjam riscos que possam comprometer seus objetivos.

Além da redução dos juros, o Comitê informou que os saldos de reservas bancárias caíram para níveis considerados adequados e, por isso, iniciará compras de títulos do Tesouro de curto prazo quando necessário, visando assegurar a manutenção de reservas amplas no sistema financeiro.

A decisão teve maioria, mas não foi unânime. Votaram a favor o presidente Jerome Powell, o vice-presidente John C. Williams e outros sete membros. Houve três dissensos: Stephen I. Miran preferia um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Austan D. Goolsbee e Jeffrey R. Schmid defenderam a manutenção da taxa atual.

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