O Irã rejeitou, nesta terça-feira (13), os pedidos de países ocidentais para não responder aos supostos ataques de Israel que resultaram nas mortes de um braço político do Hamas, em Teraã, capital iraniana, e de um líder do grupo Hezbollah, no Líbano.
Em um discurso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, disse que o país do Oriente Médio possui “total direito” de atacar Israel. Kanaani afirmou que a soberania e a independência territorial iraniana foram violadas pelo governo de Benjamin Netanyahu. A nação israelense não assumiu a autoria do ataque.
O governo de Teerã também criticou os integrantes do grupo E3, formado por Alemanha, França e Reino Unido. Segundo o Irã, as três nações defendem um discurso politicamente ilógico que ignora “crimes do regime sionista (Israel)”, e estariam contradizendo as leis do direito internacional.
O país também condenou os ataques israelenses na Faixa de Gaza, e pediu que os membros do E3 fiquem ao lado do povo palestino. O Irã disse que os países do bloco “fecham os olhos” para crimes cometidos por Israel no enclave.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou na segunda-feira (12) que os Estados Unidos se preparam para possíveis ataques significativos no Oriente Médio “ainda nesta semana”. O aumento da tensão pode gerar uma retaliação iraniana ou de seus aliados a qualquer momento.
O conflitou na Faixa de Gaza completou dez meses na última quinta-feira (7). Cerca de 40 mil pessoas morreram, a maioria em ataques dentro do enclave.
Alexandre Mansano (sob supervisão de João Vieira)