Na manhã desta segunda-feira (17), o ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, foi transferido para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. Antes, ele estava na prisão de Tremembé. A informação foi divulgada pela Secretária de Administração Penitenciária.
A transferência de Robinho ocorre poucos dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionar contra o pedido de liberdade apresentado pela defesa. Os advogados argumentam que a manutenção da pena no Brasil resultaria em um tempo maior de prisão do que o previsto na condenação estrangeira. O habeas corpus ainda aguarda análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
Preso desde março de 2024, Robinho conseguiu reduzir 69 dias de sua pena enquanto esteve em Tremembé. O abatimento foi possível por meio de atividades educacionais, como leitura de obras e participação em aulas.
No fim de outubro, os advogados de Robinho tentaram transferi-lo para outra unidade prisional em São Paulo, mas o pedido foi negado. A Justiça afirmou, naquela ocasião, que o tipo de solicitação apresentada deveria ser encaminhado diretamente à Secretaria da Administração Penitenciária, e não ao Judiciário.
Motivo da prisão
Robinho recebeu pena de nove anos de prisão da Justiça italiana pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa em uma boate de Milão. O episódio ocorreu em 2013, quando o ex-atleta defendia o time italiano Milan.
A condenação definitiva foi formalizada em janeiro de 2022, quando o jogador já havia voltado ao Brasil. Após a sentença, o Ministério da Justiça da Itália pediu sua extradição, mas esse tipo de medida não é cumprido pelo Brasil em relação a cidadãos brasileiros natos.