Na última sexta-feira (14), a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, por cometer assédio sexual. Ele não exerce mais o cargo desde setembro de 2024.
O processo, que está sob sigilo, encontra-se atualmente na Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao órgão avaliar o caso e decidir se apresentará ou não uma denúncia formal. A investigação iniciou após a organização Me Too Brasil comunicar às autoridades as acusações feitas contra Silvio.
Entre as depoentes está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que declarou ter sido uma das vítimas. De acordo com seu relato, episódios de importunação teriam ocorrido durante o período de transição de governo, em 2022. Um dos fatos apurados teria acontecido em dezembro daquele ano, envolvendo contato físico e comentários de cunho sexual.
Outras mulheres também prestaram depoimento às autoridades, porém seus nomes não foram divulgados, já que as identidades estão protegidas por sigilo.
Silvio Almeida ainda não comentou especificamente sobre o indiciamento. Nos últimos meses, entretanto, ele vinha refutando todas as acusações, afirmando tratar-se de uma perseguição de cunho político e classificando os relatos como inverídicos.
Com o indiciamento já formalizado, o processo passa novamente para as mãos da Procuradoria-Geral da República, que será responsável por definir quais serão as próximas etapas.