Venezuela suspende acordo de cooperação com Trinidad e Tobago

Rompimento acontece após país do Caribe apoiar operações militares de Washington na região
Nicolás Maduro (Créditos: Agência Brasil)

A Venezuela suspendeu nessa o acordo de cooperação em desenvolvimento energético com Trinidad e Tobago, incluindo projetos conjuntos de gás natural que estavam em andamento. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (27) pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro.

Em pronunciamento durante uma transmissão de TV, Maduro disse que o Ministério do Petróleo e o conselho da produtora estatal de petróleo enviaram a proposta para suspender o acordo com o país caribenho. Ele completou dizendo que a ordem rompe todos os aspectos do trato de energia com Trinidad e Tobago e que o Congresso e a Suprema Corte serão convocados para apresentar recomendações adicionais.

O ditador realizou críticas contra a postura da primeira-ministra trinitina, Kamla Persad-Bissessar, que tem tido um relacionamento próximo com os Estados Unidos desde que assumiu o cargo no último dia 1º de maio.

Operação militar dos EUA no Caribe

A aproximação entre Trinidad e Tobago e os Estados Unidos acontece em meio ao aumento de tensões entre Washington e Caracas. Nas últimas semanas, o governo norte-americano intensificou os bombardeios contra embarcações venezuelanas no Mar do Caribe, alegando ser uma ação contra o narcotráfico e os cartéis de drogas, considerados pela Casa Branca como facções terroristas.

Na última sexta-feira (24), os EUA anunciaram o envio do grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford para a região do Caribe, em uma medida focada em aumentar a presença militar próxima à costa venezuelana. O US Gerald R. Ford é descrito pela Marinha norte-americana como o maior e mais avançado porta-aviões do mundo, possuindo um reator nuclear e a capacidade para armazenar mais de 75 aeronaves e um arsenal de mísseis de médio alcance.

A operação dos Estados Unidos em águas caribenhas recebeu apoio de Trinidad e Tobago que permitiu que um navio de guerra norte-americano atracasse em seu território no último domingo (26). Em resposta Maduro acusou Washington de tentar tirá-lo do poder, afirmando que a premiê Persad-Bissessar ameaçou “transformar o país caribenho no porta-aviões do império americano contra a Venezuela”.

Além disso, Washington dobrou na última semana a recompensa por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro. O valor agora é de US$ 50 milhões, mais do que o oferecido por Osama Bin Laden após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Compartilhe com seus amigos!