As Forças Armadas de Israel comunicaram nesta quarta-feira (8) a interceptação de mais uma flotilha humanitária que tinha como destino à Faixa de Gaza. Segundo a Marinha do país, nove embarcações e mais de 150 ativistas foram detidos transportando recursos essenciais para a população do enclave palestino, como comida, água e remédios.
Na última semana, uma outra expedição com mais de 42 navios e cerca de 450 ativistas foi interceptada tentando romper o forte bloqueio marítimo israelense na região. Entre os envolvidos estavam a sueca Greta Thunberg, que já havia participado de outras flotilhas desde o início da guerra na Faixa de Gaza, e cerca de 15 brasileiros. Todos os detidos foram deportados no último final de semana.
Desta vez, pessoas de mais de 30 países participavam da tentativa de adentrar o território palestino. Não há informações se algum brasileiro foi detido nesta nova operação. O governo de Israel comunicou que as embarcações foram apreendidas pela marinha e estão sendo levadas para o território israelense. Tel Aviv também informou que todos os prisioneiros estão em segurança e bem de saúde.
A declaração chamou a atenção da comunidade internacional, já que Israel vinha recebendo críticas pelo tratamento com os detidos antes da deportação. O país, inclusive, emitia notas repudiando as flotilhas humanitárias. A mudança de postura do governo de Benjamin Netanyahu é encarada como uma forma apaziguar as relações diplomáticas antes de realizar a deportação dos ativistas, algo que deve acontecer nos próximos dias.
Relembre a última expedição rumo à Gaza
A Marinha de Israel desmantelou uma flotilha humanitária inteira que tentava romper o forte bloqueio marítimo imposto por Israel na Faixa de Gaza, quase dois anos após a ofensiva do país contra o enclave palestino, desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou que o último navio da frota foi interceptado e a Marinha do país já havia alertado a flotilha que ela estava se aproximando de uma zona de combate ativo e violando um bloqueio legal. O órgão pediu para que as embarcações mudassem o curso e se ofereceu para transportar os suprimentos de forma pacífica e por canais seguros.
Os organizadores da Flotilha Global Sumud, zarpou no final do último mês de agosto, confirmaram a interceptação, que a aconteceu a cerca de 79 km de Gaza. A entidade afirmou que as forças israelenses haviam “interceptado ilegalmente todos os nossos 42 navios, cada um transportando ajuda humanitária, voluntários e a determinação de romper o cerco ilegal de Israel a Gaza”.
Um grupo de 137 ativistas detidos por Israel por participarem da expedição desembarcou no último sábado (4) na Turquia. O grupo incluía 36 cidadãos turcos, e de outros países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Itália e Suíça. Nenhum brasileiro estava a bordo.
